Gruyères
pelo viajante Renato Vieira, em
Gruyères, 2 de Agosto de 2013
No feriado falei pro Michael que gostaria de aproveitar minha estadia em Berna pra visitar cidades da parte francesa da Suíça. Na minha lista pra esse ano estavam Gruyères e Fribourg. Em 2011, Gustavo e eu visitamos a também francófona Genebra.
Michael se interessou pela ideia e inclusive se ofereceu pra ir também. Apesar de ter nascido na Suíça e viver por lá, ele ainda não conhecia Gruyères e nem Fribourg. Decidimos começar por Gruyères. Para chegar lá, pegamos o trem em Berna e fizemos transferência em Bulle. A viagem toda leva menos de duas horas.
Pra mim foi bastante interessante ver, mais uma vez, como em uma curta viagem de trem dentro da Suíça, os idiomas dos passageiros vai variando quase que de estação em estação.
Para o Michael isso é muito comum. Eu tentava explicar pra ele que eu posso passar 1h viajando de trem no Rio sem sair do município ou cinco horas num avião sem sair do Brasil e sempre ouvindo e falando um único idioma. Já na Suíça, dependendo da direção que o trem está indo, você pode, em alguns minutos, estar ouvindo francês ou italiano por exemplo.
La maison du Gruyère
Gruyères é famosa pelo seu queijo de mesmo nome. Logo na saída da estação está a Maison du Gruyère, uma queijaria de demonstração, feita para os turistas verem como funciona o processo de confecção do queijo local.
Quando cheguei a demonstração não estava rolando, mas pude andar dentro da fábrica fictícia e ler um pouco sobre a história e a confecção do queijo Gruyère.
No final do percurso, ganhei três amostras do queijo. Uma com 6 meses de maturação, outra com 8 meses e outra com 10 meses. Quanto mais tempo, mais marcante o sabor do queijo.
Gostei muito do queijo Gruyère. Uma delícia! Sem exagero um dos melhores que já comi. Salgadinho… Dá água na boca de lembrar. Infelizmente não comprei nenhum pra levar pro Brasil e tenho certeza que se eu for comprar no Rio vai ser bem mais caro…
Vilarejo medieval de Gruyères
Michael e eu seguimos para a parte medieval de Gruyères. Na subida pro portão da “cidade” vimos quão verde é a região! Michael, que mora na capital, chegou a exclamar: “This is real countryside!” Como quem diz: “Isso é o que eu chamo de interior“!
A entrada do vilarejo é característica do período medieval. Paredes altas, tudo de pedra e uma ampla visão da redondeza. Tipo uma fortaleza mesmo.
Almoço
Quando entramos na Rue du Bourg, principal ruazinha do vilarejo, já sentimos o cheiro intenso de almoço exalando dos vários restaurantes. Já estávamos com fome e por isso decidimos parar pra almoçar antes de continuar a andança.
A pedida foi a mesma do feriado: Batata Rösti! Mas foi uma Rösti diferente da que eu comi no Altes Tramdepot. Essa veio coberta de queijo derretido e rodelas de tomate!
Depois, já alimentados, caminhamos com calma pela bela Rue du Bourg, cheia de lojinhas de artigos típicos, casas antigas, restaurantes e, é claro, turistas!
HR Giger Museum
Fechamos nossa passagem por Gruyères com uma visitinha ao Museu H.R. Giger. Giger é um pintor e escultor surrealista suíço famoso por ser o designer do Alien (isso mesmo, aquele do filme)! O museu expõe um pouco do exótico trabalho do genial e perturbado artista. Pra mim foi bastante curioso ver o contraste entre o trabalho futurista e alienígena de Giger com a bucólica cidade de Gruyères. Dentro do museu não são permitidas fotos mas se você jogar no Google vai entender o que estou dizendo. Na saída ainda registramos um pouco do Bar H.R Giger, tão diferente quanto todo o portfólio do artista.
Partindo pra Fribourg
Partimos de trem de Gruyères pra conhecer Fribourg, a mãe da nossa Nova Friburgo fluminense. Conto como foi no próximo post.
Abcs
Renato Vieira