TORRE EIFFEL EM DOSE DUPLA – FINAL
pelo viajante Renato Vieira, em
Paris, França
18/7 – Terceira e última parte do relato do dia.
SUBIDA NA TORRE EIFFEL A NOITE
Enfim, essa é a última parte do memoire do dia 18/7. Não há muito o que escrever como nas duas primeira partes mas para não ficar muito misturado e acabar tendo que omitir alguns fatos legais resolvi dividir dessa forma.
Nos arrumamos no albergue o que basicamente significa nos agasalhar mais. O tempo não estava muito firme e na torre a promessa era de bastante vento e frio.
Para variar, estávamos atrasados pro horário que reservamos (21h:30min). Pegamos o metro na estação Ledru-Rollin que é a mais próxima do albergue e descemos na estação Ecóle Militaire que fica no Champs de Mars de frente pra Torre Eiffel.
Nove e meia da noite, como já falamos aqui, ainda está claro caminhando pra noite. O Champs de Mars estava cheio de pessoas largadas na grama. Umas fazendo piquenique, outras papeando, outras com garrafas de vinho ou cerveja, outras só deitadas mas todas com câmeras nas mãos esperando o momento em que a Torre seria iluminada o que acontece por volta das 10PM.
Champs de Mars |
Galera largada no Champs de Mars |
Mais uma vez subimos sem fila pois já tínhamos o ticket. No elevador subimos com um grupo de 15 a 20 adolescentes de País de Gales que não paravam de tagalerar com aquele inglês sotaqueado até que um cara que não estava em seus melhores dias deu um grito pra eles calarem a boca. rsrs
Lá em cima enfrentamos o já esperado vento frio além de admirar a já conhecida vista da cidade só que sem a iluminação natural diurna. Com o auxílio do tripé e a excelente câmera do Gustavo conseguimos tirar boas fotos a partir do alto da torre.
Champs de Mars e Torre de Montparnasse |
Sacre Coeur |
do segundo andar |
Dome Invalides iluminada |
Arco do Triunfo |
Champs de Mars e Ecóle Militaire |
Ficamos cerca de duas horas e meia lá em cima. Confesso que não percebi o tempo passar apesar das pernas não aguentarem nem mais um minuto em pé. Andamos e pedalamos muito naquele dia. O físico estava esgotado. A Torre estava pra fechar o que levou a multidão a buscar os elevadores de descida praticamente ao mesmo tempo. O resultado foi mais vinte cinco minutos adicionais de fila
que pareceram durar uma hora já que o corpo não estava mais respondendo.
UM CORPO NO CHAMPS DE MARS
Finalmente descemos da torre e andamos pelo Champs de Mars em direção à estação de metro Ecóle Militaire. Dezenas de pessoas ainda estavam jogadas na grama. Quando vi o Gustavo armando mais uma vez o tripé pra tirar mais algumas fotos da torre, vi que era minha oportunidade de dar algum alívio as minhas pernas que eu já quase não sentia. Assim como muita gente, me joguei no Champs de Mars. Foi bom! Não sentia nada da cintura pra baixo! Depois da câmera armada ainda tiramos uma foto antes de continuar andando pra estação de metro.
um corpo no champs de mars sorriso de dor! 🙂 |
C’EST FINI
Chegando lá, na hora em que fomos colocar a primeira moeda na máquina de autoatendimento, sai um francês funcionário do metro gritando: “C’est fini! C’est fini, monsieur!” Quando eu ouvi o zéfini só pensei nas minhas pernas e em Barcelona quando também ficamos a pé de madrugada no dia do Parc Guell que também foi um dos dias que mais nos demandou fisicamente.
Prontos pra morrer numa boa grana já que não havia possibilidade alguma de andar mais, chamamos e entramos num taxi que nos levou até a Bastille. O caminho que o taxista fez não teve rodeios e a corrida nem foi tão cara quanto imaginávamos.
Esse é o fim do dia que começou em 18/7 e terminou quase as 2h da manhã do dia seguinte.
Até mais,
Renato Vieira